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Edmundo Dineli Costa Júnior – Eddie

Edmundo Dineli Costa Júnior, “Eddie”.

RAID Instructor 91317

PADI, SSI, TDI e GUE Instructor (Não Ativo)

De onde e, quando e como iniciou no mergulho:

Sou natural de Belém – PA.

Comecei a fazer mergulho autônomo em Ilha bela, São Paulo, com um vizinho do prédio onde morava em 1985.

Em 1987, quando completei 15 anos (idade mínima para o curso Open Water Diver, na época) fiz meu curso “Básico” na Scuba Natação e Mergulho.


Quando se tornou Profissional:

Comecei a trabalhar com mergulho como gerente da Planet Ocean – Pisces Divers em 1989, onde o forte era turismo de mergulho na Laje de Santos – SP. No final de 1991 passei a trabalhar na Claumar Acqua e em novembro de 1993 me formei OWSI PADI


Quantos Alunos você já ensinou?

Em números aproximados

+ de 750 OWD PADI

+ de 400 ADV OWD PADI

Cerca de 200 Rescue Divers PADI

Cerca de 80 Dive Masters PADI

Acompanhei 7 IDC’s PADI como IDC Staff Instructor

Fora diversos alunos nas especialidades de Noturno, Naufrágio, Biologia Marinha, Roupa Seca, Cavern, Nitrox etc.

Aqui cabe um destaque para os cursos de Cavern Diver PADI, que comecei a ensinar m novembro de 1995 e seguramente junto com o OWD foi um dos cursos que mais ensinei.

Na SSI não me atrevo a falar número de mergulhadores certificados pois não me recordo. Além disso tem os alunos de mergulho técnico TDI e GUE Tech 1, Fundamentals e Cave 1 predominantemente.

Você foi um dos primeiros Instrutores Nitrox do Brasil, como isso aconteceu?

Em 1995 se falava muito de Nitrox fora do Brasil, era algo que havia chegado para o mergulho recreacional e expectativas eram grandes. A Claumar, através do Claudio Guardabasi e do Rafael de Nicola, trouxeram em setembro do mesmo ano Mitch Skagss da TDI que ministrou o primeiro curso de mergulhadores nitrox do Brasil e na sequência formou os primeiros instrutores de nitrox do Brasil. Como comparativo, só me tornei instrutor de Nitrox PADI em julho de 1996


Quando iniciou no Mergulho em Cavernas e qual o motivo?

Visito cavernas desde 1982, quando tinha 10 anos de idade. Desde sempre cavernas me fascinaram.

Em 1995, o Instrutor Gabriel Ganme, na época um dos poucos instrutores de Cavern/Cave1? Do Brasil resolveu convidar um grupo de instrutores e divemasters para um curso de Cavern em Bonito MS. Imediatamente vi a oportunidade de mergulhar nas cavernas que tanto gostava e não perdi a oportunidade. Logo em seguida ao curso, a paixão pelas cavernas, me levou a buscar mais treinamento, quando no mês de setembro do mesmo ano, passei 23 dias no Norte da Flórida fazendo curso Advanced Nitrox com Bill Dooley, e de Intro a Full Cave com Bill Bird Oestreich. Nesta mesma viagem conheci Ted Cole que junto com Marcus Werneck me apresentou para o pessoal da WKPP e posteriormente GUE.


Você foi um dos primeiros Instrutores GUE do Brasil, como isso aconteceu?

Do meio para o fim dos anos 1990, o mergulho em cavernas ganhou mundo através de uma lista de discussão pela internet chamada “Cavers”, onde se discutia a superioridade de um método em detrimento de outro, e se “brigava” por qual configuração era melhor.

Nos meus cursos de Intro a Full cave, aprendi a configuração padrão da época, com mangueira longa presa na lateral do cilindro, lanterna “butt mounted” dentre outras coisas.

Rapidamente, e na prática, descobri que havia grande espaço para melhoria, pois logo após meu treinamento de Full Cave, num mergulho em Ginnie Springs com Ted Cole, que estava utilizando dupla independente, um tanto depois de “Hill 400” Ted teve um problema com um de seus reguladores, quando passamos a compartilhar ar.

Em poucos minutos ele conseguiu fazer o regulador voltar a funcionar e eis que me vi com uma mangueira amarela de 7pés solta na minha frente – sem ajuda para recolocar a mangueira de volta no cilindro, imitei o que havia visto alguns mergulhadores fazer, e passei a mangueira longa cruzada no peito, atrás da cabeça e pela primeira vez respirei direto da mangueira longa – estava definitivamente mordido pela configuração Hogarthiana.

Nos anos de 1996, 1997, 1998 dando aulas de mergulho em cavernas, fazendo pesquisa com fauna de cavernas inundadas viajando regularmente para o Norte da Flórida, minha configuração de equipamento, protocolos e procedimentos foram se aproximando dos praticados e preconizados pela WKPP até que quando surgiu a GUE, já conhecia e havia mergulhado com muitos de seus fundadores e era o caminho natural pois era coerente com minha vivência como mergulhador cavernas e preconizava treinamento intenso, com maior número de mergulhos.

Uma curiosidade, durante meu curso de instrutor de Tech 1 e 2 GUE fui convidado para ministrar uma aula sobre planejamento de mergulho descompressivo com trimix, múltiplas misturas como se fazia em Wakula Springs e meus alunos eram Jarod Jablonski, Gerorge Irvine III (Trey), Barry Miller e David Rhea, isso na sede da Extreme Exposure.

Qual seu tipo de mergulho preferido e por quê?

Mergulho em cavernas, sem dúvida!

O nível de técnica e procedimentos envolvidos e o ambiente sempre desafiador além da paixão pela exploração.

Junto com o mergulho em cavernas, mergulhos com amigos onde haja diversão e harmonia.


Qual seu envolvimento atualmente com o mergulho em Cavernas no Brasil?

Sou responsável técnico pelos componentes operacionais, gestão da segurança (ISO 21.101 – Turismo de Aventura – Sistemas de Gestão da Segurança – Requisitos) do Abismo Anhumas desde 1998, mesmo antes de existir a norma ISO. O Abismo é uma caverna, com um lago do tamanho de um campo de futebol e atinge profundidade de 80 metros de coluna de água. Lá são realizados mergulhos desde o Try Dive ao Tec 47m. Além de mergulhos aos 80m sob demanda.

Além do Abismo, estive diretamente envolvido na elaboração dos estudos e Planos de Manejo Espeleológicos da lagoa Misteriosa e da Gruta do Mimoso entre 2000 – 2003, do Buraco das Abelhas em 2006 e atualmente faço a implantação da Norma ISO 21.101 na Gruta do Mimoso).

Sou pesquisador, e sigo explorando cavernas inundadas na região de Bonito/MS e onde mais for convidado. A batalha para a reabertura das cavernas e pela retomada do mergulho em cavernas no Brasil é uma luta de 20 anos.


Na RAID, aconselhamos, Backplate, Asa e Mangueira longa desde o início, o que você pensa sobre essa configuração?

Eu dizer que só mergulho de backplate e asa, respirando da mangueira longa desde 1995 responde? (em todas as situações e treinamentos, desde o OWD ao IDC)

Penso que backplate e asa, e respirar da mangueira longa traz diversas vantagens para o mergulhador desde o início.

Primeiro ponto positivo é se acostumar com um mesmo padrão de configuração que vai do OWD até Deco 60, Cave 2 etc. A evolução se dá com a adição de equipamentos como lanternas, carretilhas e afins, mas na mesma plataforma, o que favorece que o mergulhador foque em aprender as novas habilidades ao invés de ter que aprender a mergulhar com um equipamento novo E aprender novas habilidades.

Respirar da mangueira longa e doar o regulador que se está respirando é ensinar o cenário mais perto do real, pois em uma situação de falta de ar, na prática o regulador a ser buscado é o que está na boca. Além disso, compartilhar ar com uma mangueira longa é muito mais eficaz e confortável do que com uma curta mangueira de octopus.

Por último, e não menos importante, a combinação backplate e asa favorece o TRIM, que é chave para um bom mergulho, independente se é iniciante ou o mais ávido explorador.


Porque RAID?

Trim desde o início, isso me chamou atenção logo nos primeiros contatos.

Acolhimento e reconhecimento.  A Equipe RAID, em particular o Duda, mais do que me atendeu quando manifestei interesse pela agência, me acolheu e antes de conversarmos sobre crossover me convidou a conhecer os materiais e as plataformas. Neste momento descobri algo que fez muito sentido para mim como educador que foi ter TODOS os manuais disponíveis e de forma gratuita! O conhecimento teórico está socializado e disponível. O aluno (inclusive eu) acessa o site, faz um breve cadastro, acessa os cursos que escolher, faz online os quizzes que estão disponíveis e somente a partir daí, decide se quer comprar o curso, quando é direcionado para um dive Center e com o auxilio de um Instrutor RAID finaliza a etapa acadêmica e parte para a parte prática, seja em águas confinadas, águas abertas ou ambas. Ah, a certificação on-line sai na hora, sem espera de processamento, emissão, correios – reconhecimento imediato!

Tem mais. Standards dentro das normas ISO, rigor no treinamento no mesmo padrão que fez eu ir para a GUE no início dos anos 2000, grande range de cursos. Enfim um menu muito completo. E além de tudo isso, algo que sem dúvida faz diferença em mercados como o Brasileiro – anuidade grátis. Um grande estímulo para os instrutores se esforçarem para se manter ativos, atualizados, mergulhando e ensinando.


Como você visualiza seu trabalho com a RAID?

Levar minha experiência como mergulhador, instrutor de mergulho, educador, pesquisador e explorador para desenvolver a RAID e a RAID Brasil.

 Traduzir, revisar e produzir materiais e conteúdo dentro do que for demandado e necessário, identificar bons profissionais no mercado que buscam crescimento

Profissional, novos horizontes e que se identifiquem com os propósitos e princípios da RAID.

Atender uma demanda que lentamente volta a surgir em Bonito/MS, onde resido tanto para mergulhos técnicos, em caverna e treinamentos diversos.


Fotos cedidas gentilmente pelo Edmundo Dineli Costa Júnior, Eddie. Acervo Pessoal.

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Publicado em:RAID Pro's

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